Ontem, a diretoria-executiva do Atlético-MG enviou uma mensagem ao Conselho Deliberativo com o objetivo de conquistar os votos necessários para a aprovação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Dos 409 conselheiros aptos a participar da votação marcada para esta quinta-feira (20), é necessário o aval de 273 deles para que o projeto seja aprovado.
O documento ressalta que a venda da SAF é considerada a maior já realizada no futebol brasileiro até o momento. Segundo o texto, o clube está avaliado em R$ 2,1 bilhões, e além disso, a transação prevê um aporte financeiro à vista de R$ 913 milhões.
Os 4Rs (Rafael Menin, Renato Salvador, Ricardo Guimarães e Rubens Menin) contribuirão com R$ 713 milhões, sendo que R$ 313 milhões serão provenientes da conversão de dívidas. Dois fundos de investimentos também entrarão com R$ 100 milhões cada, totalizando os R$ 913 milhões.
A SAF contará com a participação majoritária de investidores que são, em sua maioria, torcedores do clube. Esses investidores formarão a Galo Holding, que terá 75% das ações da empresa, enquanto a associação (Galo) manterá os 25% restantes.
Conforme a proposta apresentada, os 4Rs serão os sócios majoritários, e terão uma participação de 78% na Galo Holding, o que corresponde a 58,5% do total de ações da SAF. Os fundos de investimentos, por sua vez, terão uma participação de 11% cada na empresa, equivalente a 8,25% do total das ações da Sociedade Anônima para cada fundo.
E as dívidas?
Além do investimento de R$ 913 milhões da Galo Holding, a SAF assumirá integralmente as dívidas do Atlético, que atualmente totalizam R$ 1,8 bilhão. A associação não terá mais responsabilidade sobre esses débitos, que serão transferidas para a nova estrutura da empresa.
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