Aos 38 anos, a função do grande ídolo e zagueiro do Atlético-MG, Réver, mudou há algumas temporadas. Sem a força para manter as atuações em alto nível, o defensor passa a desempenhar com qualidade a figura de líder/capitão dentro do elenco. A utilização dentro das quatro linhas ocorre raramente, como no clássico diante do Cruzeiro.
Réver entrou em campo nos últimos minutos apenas para assegurar a segurança defensiva em uma possível pressão do adversário no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Deu certo. Antes, tinha ficado seis jogos sem pisar nos gramados. A idade chega, e as oportunidades também, independente de onde. O zagueiro aproveita com maestria.
“Sair na porrada”?
Durante uma conversa nos vestiários pré Atlético-MG e Cruzeiro, Réver tomou a palavra para falar grosso com os companheiros de elenco. O Galo acabara de ser eliminado na Copa do Brasil e precisaria de uma resposta urgente no clássico se não quisesse sofrer a pressão da massa atleticana. Em vídeo divulgado pelo perfil oficial do Maior de Minas, no “programa” CineCam, o ídolo diz sobre “sair na porrada”.
Boa fase de olho na grana
O que, aparentemente, não foi preciso. O Atlético-MG venceu o rival por 1 a 0 com golaço de Hulk e voltou ao caminho dos triunfos. Aliás, a invencibilidade era a rotina recente do Galo até encontrar o Corinthians na segunda partida da Copa do Brasil. Quatro triunfos e um empate (Palmeiras).
O desempenho colocou o Atlético-MG mais próximo de uma classificação às Oitavas de Final da Libertadores e na terceira colocação do Brasileirão. Competições que assumem extrema importância com a queda na Copa Nacional. A meta da diretoria, inclusive, era de, pelo menos, Quartas de Final.
Assim como continua a ser na Liberta. No Brasileirão, a expectativa é de G4. Desfechos bons na questão esportiva, só que principalmente, financeira. O Atlético-MG tem uma dívida em torno de R$ 1,7 bilhão e não encontra alternativas a não ser venda de jogadores e ótimas atuações.
Comentários estão fechados.