Ria do rival: Cruzeiro quase se deu mal e pagou a quem não devia nada

O Cruzeiro se viu em mais um problema com a justiça. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu a assembleia geral de credores que estava marcada para essa última quarta-feira (7), em primeira chamada, e dia 15 de dezembro, na próxima semana, em segunda chamada.

O motivo da suspensão se deve a uma série de irregularidades e credores falsos. O advogado Guilherme Capuruço, em entrevista à Valinor Conteúdo/Lance, falou sobre o tema. “São alguns problemas, na verdade. Os principais: o Cruzeiro designou a assembleia sem analisar os pedidos dos credores de classificação dos créditos. Em termos de valores, natureza, eles queriam fazer a assembleia com base na lista unilateral que ele (Cruzeiro) mesmo apresentou”, começou.

Capuruço ainda completou. “Além disso, o Cruzeiro propôs desconto de 75% para a maioria dos credores, com prazos de pagamentos que estão maiores do que a lei permite. E os 25% que restaram seria para pagar em dez ou 12 anos. Esse valor seria consumido pela inflação. A recuperação judicial é a forma como a entidade vai chegar ao objetivo que é se recuperar. Como vão ser pagas as dívidas, de onde vem a receita, se vai vender algum ativo, e é isso que deveria acontecer na quarta-feira“, disse.

Notícia-crime

Além do já explicado, o advogado ainda fala sobre a notícia-crime apresentada junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de credores falsos na lista do rival do Atlético. “Existe uma notícia-crime apresentada que haveriam credores falsos na lista. Pessoas que não são credores e que, segundo o Cruzeiro, poderiam estar presentes e aprovar o plano de credores, sem ser credores efetivamente. Com o voto deles, poderia prevalecer sobre os verdadeiros credores. Não consigo dizer a motivação disso, mas posso dizer o que aconteceria: o plano de recuperação judicial seria colocado em votação e poderia ser aprovado por pessoas que não poderiam votar, com votos ilegais“, finalizou.

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