Robinho é atacado no meio da praia de Santos por torcedores
Na última terça-feira (5), um grupo de manifestantes marcou presença na Praia do Gonzaga, em Santos, para pedir justiça. O objetivo da reunião foi protestar contra a situação de impunidade diante do caso de estupro praticado por Robinho, na Itália. Vivendo normalmente no Brasil, o ex-jogador foi atacado por cerca de 20 pessoas que percorreram os arredores da região.
Imbuídos em lutar por questões sociais, o grupo de manifestantes escolheu a Praia do Gonzaga de forma proposital. O local é comumente frequentado por Robinho e seus amigos durante as partidas de futevôlei. Com ar nos pulmões, o protesto clamava à Justiça Brasileira uma condenação pela prática de violência sexual sofrida por uma jovem albanesa.
Sem receio da intervenção de banhistas ou defensores de Robinho, os militantes passearam por toda a praia com faixas escritas: “Estuprador condenado que continua solto é um desrespeito a todas as mulheres”. Em continuidade, o grupo gritava e pedia voz de prisão: “Levanta a mão, levanta a mão, quem quer Robinho na prisão. Ão, ão, ão, Robinho na prisão”.
Confia o vídeo abaixo:
Público contra Robinho
O Coletivo Maria Vai com as Outras, responsável por organizar a manifestação, explicou que em nenhum momento o grupo recebeu retaliação. Em continuidade, uma das representantes confirmou que diversos banhistas se juntaram ao protesto e pediram eficiência nos trabalhos da Justiça Brasileira, uma vez que o estuprador foi condenado a nove anos de prisão na Itália.
– “O momento é de se posicionar: um estuprador circulando livremente é um desrespeito a TODAS as mulheres! Robinho foi condenado em definitivo em 2022, na Itália, por estupro coletivo em uma boate, porém como fugiu para o Brasil, não pode ser preso pela Justiça italiana” – afirmou o movimento.
O caso de Robinho escancarou para o mundo a ineficiência do Brasil em punir severamente pessoas com alto poder aquisito. Em 2013, o ex-atacante e mais cinco amigos violentaram sexualmente uma moça em Milão, na Itália. Com as provas detalhadas, a Justiça Italiana condenou o jogador, que fugiu para seu país de origem com a finalidade de não ser culpabilizado.
De modo geral, o Brasil não extradita brasileiros para que sejam punidos por outros países e foi assim que Robinho conseguiu permanecer em liberdade. Enquanto a vítima carrega sequelas de um episódio macabro, o ex-jogador vive sua vida normalmente na sociedade, sendo convidado, inclusive, para fazer parte de comemorações do time do Santos.
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