SAF do Atlético-MG possui uma das maiores dívidas do Brasil

Na último dia 30, o Atlético-MG divulgou o seu modelo de transformação em SAF, onde os atuais administradores, incluindo a família Menin e Ricardo Guimarães, serão acionistas. Com a conclusão de todo o processo, estima-se que a dívida líquida do clube seja reduzida para R$ 900 milhões.

A avaliação inicial da SAF parte de um valor total de R$ 2,1 bilhões para o clube como associação. Essa análise inclui a dívida atual do Galo, que é de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, incluindo a pendência relacionada ao estádio, além de um valor adicional de R$ 300 milhões que representa o capital da associação no negócio final.

Os investidores comprometeram-se a contribuir com um aporte de R$ 913 milhões para a SAF, dos quais R$ 300 milhões já haviam sido emprestados anteriormente ao clube pelos mecenas. Dessa forma, o capital social total da Sociedade Anônima será de R$ 1,2 bilhão, sendo que a associação deterá 25% desse montante, enquanto os investidores ficarão com os 75% restantes.

Além dos 4Rs (Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Materdei), a Galo Holding, que será a proprietária da SAF, contará com a participação de outros empresários, principalmente de Minas Gerais. O BTG Pactual foi responsável por estruturar toda a operação e está preparando um fundo por meio do qual outros investidores poderão entrar no negócio.

A dívida de R$ 900 milhões

Todas as demais dívidas, que somam um total de R$ 1,8 bilhão, serão transferidas para a SAF. No entanto, desconta-se os R$ 300 milhões referentes à dívida com os mecenas, uma vez que esse valor será convertido em capital integralizado na nova empresa.

Portanto, resta uma pendência total de R$ 1,5 bilhão. No entanto, com o aporte de R$ 600 milhões, a dívida líquida da SAF será reduzida para R$ 900 milhões – a intenção é utilizar o valor do aporte para quitar os débitos mais urgentes.

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