SAF do Galo será 100% responsável pelas dívidas do clube

Na última terça-feira (18), o Atlético-MG realizou na sede de Lourdes, a última reunião com conselheiros do clube, com o intuito de sanar as últimas dúvidas sobre a transformação em SAF, Sociedade Anônima do Futebol. O CEO do Galo, Bruno Muzzi, foi o responsável por atuar à frente no encontro, já que na última quinta-feira (20), iniciou a votação para aprovação para o clube-empresa.

Para que o modelo tivesse a aprovação do Conselho Deliberativo, seria necessário 2/3 de votos “sim” levando em consideração 420 membros. Logo em um primeiro momento, o investimento planejado é de R$ 913 milhões, pagos por empresários alvinegros. Uma parte do valor já será destinada ao pagamento das dívidas onerosas do time, como bancos, que geram altos juros.

De acordo com o documento disponível aos conselheiros, todas as dívidas do Atlético, também considerando os números da Arena MRV, novo estádio do Galo, caminham entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões, e serão totalmente de responsabilidade da SAF alvinegra. A Galo Holding será dividida entre dois grupos de investidores, e terá cerca de 75% das ações da Sociedade Anônima.

Atlético se desdobra sobre negativas

O Atlético-MG enfrenta hoje, a maior dívida do futebol brasileiro, e parece não ter encontrado um outro caminho, se não com o apoio de investidores, em uma Sociedade Anônima do Futebol. Por ser um modelo diferente dos tradicionais, caminhando de maneira distinta ao planejado em um primeiro momento, ainda gerava questionamento entre a Massa Atleticana.

Na reunião da última terça-feira (18), alguns nomes se mostraram contra o modelo proposto, especialmente sob o “comando” dos 4R’s do time. O conselheiro benemérito Cláudio Utsch, demonstrou insatisfação e concretizou um pedido ao Conselho, para suspender a votação do dia 20. O benemérito Sérgio Salum, chegou a ameaçou deixar o título de membro, após a aprovação do modelo.

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