Victor: a história do goleiro que virou santo no Galo

Victor Leandro Baggy é o maior goleiro da história do Galo, contratado pelo clube em 2012, ele chegou ao Atlético para por fim à uma longa carência no gol alvinegro. Foi uma contratação de grande impacto junto ao Grêmio, uma vez que Victor vivia um grande momento e já havia até chegado à Seleção Brasileira.

O arqueiro fez sua estreia pelo Atlético na vitória por 2×0 sobre a Portuguesa no Campeonato Brasileiro de 2012. Sua contratação foi de impacto imediato e ao lado de Ronaldinho Gaúcho, foi vice-campeão brasileiro naquela temporada.

Victor e os milagres na Libertadores 2013

Embora o tão sonhado título brasileiro não tenha vindo, o segundo lugar rendeu ao clube uma vaga direta na Copa Libertadores da América, torneio que o Galo não disputava desde 2000.

A equipe vice-campeã da temporada anterior foi reforçada por Diego Tardelli e atropelou todo mundo na fase de grupos, se classificando para as oitavas de finais com tranquilidade e surrando o São Paulo para chegar as quartas de final.

Drama contra o Tijuana

Foi no confronto contra o Tijuana, do México, que a trajetória de Victor no Atlético mudou completamente. Após um empate em 2×2 fora de casa, o Galo chegou a BH precisando apenas de uma vitória ou um empate por até 1×1.

Em um jogo dramático o alvinegro ia empatando com os Solos por 1×1 até os 47 minutos do segundo tempo, quando Leonardo Silva derrubou Riascos dentro da área atleticana e o árbitro Patrício Polic marcou pênalti.

Se o mexicano convertesse a cobrança, o Galo estava eliminado e era o fim do sonho de pintar a América de preto e branco pela primeira vez. Em um momento que parece ter durado uma eternidade, Riascos partiu para a bola, bateu o pênalti e viu Victor, já caindo, impedir o gol da classificação dos mexicanos com sua perna esquerda.

Victor herói dos pênaltis nas semifinais e final

Após a classificação dramática nas quartas, Victor ainda foi herói nas disputas de pênalti das semis e da final. O título mais importante da história do clube passa pelas mãos (e pé) de São Victor do Horto.

Contra os argentinos do Newell’s Old Boys, Victor pegou o pênalti de Maxi Rodríguez, jogador experiente com passagem pelo futebol europeu, defesa fundamental para classificar o time. Na ida o Galo havia perdido por 2×0, ganhou na volta pelo mesmo placar e avançou nas penalidades.

Na final contra o tricampeão Olimpia, o Galo também perdeu por 2×0 fora e precisou buscar o resultado em casa. Na base do “eu acredito”, o clube conseguiu. E nos pênaltis, São Victor pegou o primeiro, cobrado por Herminio Miranda, com o pé esquerdo. Deu Galo 4×3 nas penalidades e campeão continental.

Título da Copa do Brasil e outras campanhas marcantes

Embalado pela conquista da Libertadores, Victor ajudou o Galo a ganhar a Copa do Brasil de 2014 em cima do maior rival, Cruzeiro. Ele foi eleito o melhor goleiro da competição. Em 2015 e 2016 o Atlético bateu na trave duas vezes: vice-brasileiro em 15 e vice da Copa do Brasil em 16.

Por mais que após o título de 2013 o elenco alvinegro houvesse sofrido muitas mudanças, Victor continuava sempre presente. Ele sofreu com equipes medianas em 2017, 2018 e 2019, quando teve uma lesão que o tirou de boa parte da temporada.

Em 2020 após se recuperar de sua lesão, o santo do Galo perdeu espaço no time porque o então treinador, Jorge Sampaoli, pedia que seus goleiros jogassem também com os pés. Após passar toda a temporada na reserva, Victor se aposentou em 2021 e assumiu o cargo de gerente de futebol do Atlético. Como diretor do Galo ele fez parte das conquistas da Copa da Brasil e do Campeonato Brasileiro de 2021.

No total, o goleiro jogou 424 partidas com a camisa alvinegra, ganhou 9 títulos como atleta e fez diversos milagres.

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