Arbitragem busca grande novidade para 2023 e clubes ficam de olho

A arbitragem brasileira sempre foi alvo de muitas críticas, algo que não mudou na temporada de 2022 e que fez com que crescesse o debate pela profissionalização dos juízes de futebol para que os profissionais pudessem se preparar exclusivamente para arbitrar.

Esse plano parece estar próximo de se tornar realidade visto que o primeiro passo para uma profissionalização já foi dado, quando no último dia 07/08 em Assembleia Geral da ANAF (Associação Nacional de Árbitros de Futebol), 24 sindicatos e associações estaduais presentes no encontro reforçaram, de forma unânime, a constituição da FENAF (Federação Nacional de Árbitros de Futebol).

Para comentarista de arbitragem dos canais Espn, Renata Ruel, a fundação da FENAF é um marco importante para a profissionalização dos juízes de futebol no Brasil: “A FENAF pode até ser o primeiro passo, mas é necessário muito mais. Muito se fala em profissionalizar a arbitragem, a Lei 12.867 – que regula a profissão de árbitro de futebol – existe desde outubro de 2013 e nada mudou. A nossa arbitragem ainda é amadora, o processo desde a escola de árbitros apresenta falhas, automaticamente é necessária gestão profissional também.”, disse a ex-árbitra.

Advogado afirma que federação de arbitragem somente irá aumentar o corporativismo

Embora à criação da Federação tenha sido celebrada por árbitros e ex-árbitros, para o advogado Vinicius Loureiro, a tendência é que a fundação deste novo órgão o corporativismo tenda à aumentar entre os assopradores de apito: “Isso tende a aumentar o corporativismo e a proteção aos maus árbitros. Como em todo mercado, o que poderia aumentar a qualidade da arbitragem é o aumento do número de profissionais e o volume de treinamentos, o que permitiria que a exigência sobre os profissionais fosse maior, e que aqueles que tivessem menos qualidade técnica ficassem pelo caminho. Outro ponto que tende a ajudar na melhoria da arbitragem é o aumento da transparência e, nesse sentido, a independência da arbitragem pode ser positiva. Sem que os árbitros estejam sob sua responsabilidade, a CBF poderá cobrá-los de forma mais transparente, sem temer ser responsabilizada pelos erros dos árbitros. Além das cobranças, outro ponto que é fundamental para a melhoria da arbitragem é a transparência nos critérios de escalação e rankeamento dos melhores árbitros, algo que também pode melhorar caso estes sejam independentes da confederação.”, afirmou o advogado.

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