Atlético finaliza pedido de reconhecimento do Campeonato Brasileiro de 1937
Após conquistar o bicampeonato brasileiro em 2021, o Atlético agora tenta conseguir o tricampeonato brasileiro. O clube pede que a CBF reconheça o torneio dos Campeões dos Campeões de 1937 como título Brasileiro. Algo que a entidade já fez ao unificar os títulos da Taça Roberto Gomes Pedrosa com os do Campeonato Brasileiro.
O Galo enviará um documento de quase 60 páginas com com artes infográficas, anexos de recortes de jornais e um ofício assinado pelo presidente Sérgio Coelho a entidade máxima do futebol brasileiro como forma de defender que seu título de 37, deve sim ser considerado como título Brasileiro.
O Atlético também cita, no dossiê, que sua solicitação se debruça à “Resolução da Presidência da CBF”, em dezembro de 2010, a qual unificou os títulos da Taça Brasil (1959-1968) e Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970) como equivalentes a campeonatos brasileiros. O Galo pede pelo “princípio da isonomia e de jurisprudência criada” para também ter o título de 1937 reconhecido.
Opinião: Atlético não é campeão Brasileiro de 1937
O Atlético tem um dos hinos mais bonitos do Brasil, que é cantado a plenos pulmões nas arquibancadas de Minas Gerais. Em um dos trechos da canção o título de 1937 é citado”Nós somos campeões dos campeões, somos o orgulho do esporte nacional”, a torcida alvinegra também canta músicas alusivas ao título de 1937. Na opinião desse que vos escreve, transformar um título extremamente relevante à época em algo que ele não é, não só o desvaloriza, com também apequena o clube. A melhor forma de valorizar o título de 1937 é trata-lo como o que ele realmente é, explicar o contexto histórico em que foi conquistado e assim valoriza-lo.
O Galo sempre se orgulhou de ser o primeiro campeão brasileiro (1971) e agora tenta no tapetão, papar mais um título. É por conta desse tipo de releitura histórica que existem pessoas que falam que não existiu ditadura militar, que a terra é plano, que José Roberto Wright não favoreceu o Flamengo em 81 e por aí vai. Equiparar o título de Campeão dos Campeões é negacionismo histórico.
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