Atlético-MG troca de treinador e sofre com críticas de jornal europeu

Na última sexta-feira (22), o Atlético-MG optou por encerrar o ciclo do treinador Antônio Mohamed no clube. Em um claro exemplo da cultura predatória de técnicos que se existe no futebol brasileiro. El Turco foi o décimo primeiro treinador da Série A do Campeonato Brasileiro a ser demitido em 2022.

Quem criticou duramente essa cultura de demissão foi o jornal ÀS, da Espanha que publicou uma matéria sobre o grande número de trocas no comando técnico dos clubes brasileiros. Eles destacam que entre as 4 divisões profissionais, 32 treinadores já foram trocados:

“Os bancos brasileiros estão revolucionados. As ligas A e B trocaram um total de 32 treinadores apenas no primeiro turno. O último foi Maurício Souza, que estava no comando do Vasco de Gama. Assim, das 40 equipes que compõem as divisões A e B, 26 delas produziram pelo menos uma substituição no banco.”

Ex-auxiliar de El Turco abre o jogo sobre trabalho do treinador no Atlético-MG

Lucas Gonçalves, membro da comissão técnica fixa do Atlético que trabalhou lado ao lado de El Turco e que comandou interinamente o Galo na derrota para o Corinthians, tentou explicar o porque de o trabalho do argentino não ter dado certo:

“No início deu certo (trabalho de El Turco). Fomos campeões da Supercopa, campeões Mineiros, chegamos até as oitavas na Copa do Brasil contra o Flamengo, ainda classificados na Libertadores. São coisas do futebol, as vezes as coisas começam a não acontecer, o desempenho baixa um pouco e é natural, a gente que está há muito tempo no futebol sabe como é a exigência de um clube como o Atlético, principalmente vindo de um ano anterior de muitas conquistas, acaba por ter que trocar o trabalho, começar um trabalho novo e buscar novas ideias para que as coisas voltem a acontecer.”

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