Crise bate na porta do Atlético-MG e clube perde mais de R$100 milhões

Na última sexta-feira (30), o Conselho Deliberativo do Atlético-MG foi convocado para uma reunião, na Sede de Lourdes, em Belo Horizonte, para a atualização sobre a Sociedade Anônima do Futebol, pensada para o clube alvinegro. Quem passou as informações foi um dos mecenas do clube, Rubens Menin, que também esclareceu alguns números das dívidas da equipe.

Em 31 de dezembro de 2022, o balanço financeiro do Galo apontava uma dívida de aproximadamente R$ 2 bilhões, o maior endividamento já visto no futebol brasileiro. No entanto, com a venda total do Shopping Diamond Mall, a diretoria garante que o valor foi reduzido para R$ 1,8 bilhão, quantia divulgada durante a reunião sobre a SAF. No entanto, o Atlético convive com um problema evidente.

O maior impacto em relação a dívida assustadora do Atlético, está sobre o pagamento de juros. Apenas em 2022, mais de R$ 117 milhões foram desperdiçados dos cofres, diante do problema. Com a quantia de endividamento, com a conta em vermelho, o clube vem se desdobrando entre empréstimos bancários, o grande causador das dívidas onerosas do time mineiro.

Atlético caminha para único destino possível

O fato é extremamente preocupante para a Massa, já que surge de um planejamento que aparentemente não funcionou. Mesmo com os títulos esperados em 2021, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, da Supercopa do Brasil em 2022, a receita não aumentou o suficiente, pensando na sustentabilidade do Galo. Assim, a única solução aparente, se tornou a transformação em SAF, um clube-empresa.

Em um primeiro momento, o Atlético caminhava para o modelo tradicional, algo que é visto no Cruzeiro, no Vasco da Gama e no Botafogo, com a presença de um sócio majoritário. O Galo seguia negociações com o empresário Peter Grieve, no entanto, estuda a melhor maneira para dividir as ações em porcentagens menores, recebendo um número maior de investidores.

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