Mundial de Clubes 2013: medalha de bronze para o Atlético Mineiro
Após ser campeão da Copa Libertadores da 2013, o Atlético Mineiro se classificou para o Mundial de Clubes da FIFA. Embalados pelo título inédito da América, os atleticanos lotaram o Marrocos com o sonho de pintar o mundo de preto e branco pela primeira vez.
Durante a segunda metade do século 20, o Mundial de Clubes era chamado de torneio intercontinental, um confronto entre o campeão sul-americano e o campeão europeu. A partir dos anos 2000, a FIFA assumiu o torneio e passou a incluir times de todo o mundo. Mesmo assim, as grandes estrelas da competição continuaram a ser os campeões da Champions League e da Libertadores. Por conta disso, ambos campeões já entram diretamente nas semifinais do torneio.
O Mundial de Clubes não é visto com muito apreço na Europa, mas na América do Sul ele é um torneio de grandíssima importância. Os clubes o veem como a oportunidade de duelar de igual para igual com as melhores equipes da Europa.
É por isso, que quando o Galo se classificou para o torneio a torcida alvinegra já sonhava com o embate com o Bayern de Munique, a época atual campeão da Champions e comandado por Pep Guardiola. O técnico, aliás, não venceu a Champaions, ele assumiu o clube após o título continental.
Embora os alemães permeassem o imaginário alvinegro, o clube ainda teria que jogar a semifinal. O adversário do Galo sairia do confronto entre o Monterrey-MEX, campeão da Concacaf e do Raja Casablanca, representante do Marrocos. Pela Lógica, os mexicanos eram favoritos, mas o Raja surpreendeu e avançou para a semifinal.
Semifinal do Mundial de Clubes 2013 e duro golpe
A partida parecia apenas protocolar para o avassalador Galo de Ronaldinho Gaúcho e companhia, mas aos 6 minutos do segundo tempo, o Raja deu mostras de que não estava ali de brincadeira e fez 1×0 com Iajour.
O Galo sentiu o baque, mas rapidamente se recuperou e empatou com Ronaldinho, em uma bela cobrança de falta. A partida seguiu com a equipe alvinegra pressionando até aos 39, Moutaouali fez 2×1 para os marroquinos. Com pouco tempo no cronômetro e atrás do placar, o Atlético Mineiro se jogou com tudo para o ataque e acabou levando o 3×1, ver no youtube.
A derrota frustrou os sonhos de um confronto contra o Bayern de Munique e partiu o coração dos atleticanos. Até hoje o clube é alvo de piadas de rivais por conta dessa eliminação precoce. O clube foi o segundo brasileiro a perder nas semifinais, o primeiro foi o Internacional.
Disputa de terceiro lugar e novo sufoco pro Galo
Mesmo que frustrado com a eliminação precoce para o Raja Casablanca, o Atlético ainda tinha que disputar o terceiro lugar contra o Guangzhou Evergrande, da China. A equipe chinesa era recheada de atletas com passagem pelo futebol brasileiro e era comandada pelo treinador campeão mundial com a Itália em 2006, Marcelo Lippi.
O Galo abriu o placar logo aos 2 minutos com Diego Tardelli, mas os chineses não se assustaram e empataram com Muriqui (ex-Galo) aos 9 e viraram com Conca aos 15. Ronaldinho Gaúcho fez 2×2 em mais uma bela cobrança de falta e empatou a partida ainda no primeiro tempo.
A segunda etapa seguiu sem maiores emoções e quando tudo indicava uma decisão nos pênaltis, Luan que tinha saído do banco, fez 3×2 pro Galo aos 46 para garantir pelo menos a medalha de bronze. Com isso, o Atlético Mineiro faturou mais grana.
Torneio marcado por polêmicas
Embora tenha chegado ao Marrocos em um momento mágico, a direção alvinegra descobriu às vésperas do torneio, que o técnico Cuca deixaria o clube após os dois jogos no mundial.
A notícia teve efeito no elenco, que não ficou nenhum pouco satisfeito. Marcos Rocha, lateral direito do Galo à época, discutiu com Cuca ao ser substituído na semifinal, por exemplo.
Outra polêmica desse torneio foi a opção do treinador atleticano de improvisar o jovem Lucas Cândido na lateral-esquerda ao invés do experiente Júnior César, titular em boa parte da temporada. Boa parte da torcida atleticana considera o técnico Cuca o grande culpado pelo vexame no Marrocos.
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