Toninho Cerezo: um ídolo contestado pelo torcedor do Galo
Toninho Cerezo é um dos maiores meio campistas de todos os tempos. Além de ter feito parte da Seleção Brasileira de 1982, considerada por muitos uma das melhores equipes de todos os tempos, o meia também fez parte do São Paulo bicampeão da Libertadores em 1992/93 e do Atlético hexacampeão Mineiro de 1976/82.
Embora seja extremamente bem-sucedido, o começo de Cerezo foi difícil, filho de atores, Cerezo se apresentava com os pais para ajudar a família. Aos oitos anos de idade, perdeu seu pai, mas seguiu se apresentando com sua mãe.
A primeira chance no futebol veio aos 15 anos, quando um olheiro do Atlético o descobriu jogando na várzea. Em 1973, com apenas 17 anos, Cerezo foi emprestado ao Nacional do Amazonas para ganhar mais experiência.
A estreia pelo profissional do Atlético veio em 1974, desde então, Cerezo tomou conta da posição. Foi titular no vice-campeonato invicto de 1977, nos assaltos do Flamengo em 1980 e 1981, além de ter sido peça importante na conquista do hexacampeonato Mineiro, conquistado entre 1978 e 1982.
Toninho Cerezo na Seleção e no futebol europeu
O bom desempenho com a camisa do Galo o levou não só a Seleção Brasileira, como também a Europa: em 1983 Cerezo foi comprado pela Roma, da Itália.
Embora tenha tido dificuldades para se adaptar no Velho Continente por conta do clima, Toninho Cerezo não teve muito sucesso em Roma, mas ajudou o clube a conquistar as Copas da Itália de 1984 e 1986. Após a conquista do último título pelos lobos, se transferiu para a Sampdoria, onde manteve o bom desempenho e ajudou a Samp a conquistar um Campeonato Italiano e duas Copas Itália.
De volta ao Brasil, para jogar no São Paulo
Em 1992 retornou ao Brasil para defender o São Paulo e sob o comando do mestre, Telê Santana, ajudou o tricolor a vencer duas Libertadores e dois Mundiais de Clubes. Após deixar o tricolor no fim de 93, Cerezo estava próximo de um retorno ao Atlético, mas acabou indo jogar no Cruzeiro em 1994, algo que para muitos torcedores, coloca um asterisco na idolatria de Cerezo.
Ele ainda passou por Palmeiras e América, até encerar sua carreira pelo Atlético em 1997. Seu último jogo com a camisa alvinegra foi o empate em 2×2 contra o Milan, da Itália na Copa Centenário de Belo Horizonte. Após encerar sua carreira como jogador ainda passou por alguns clubes, incluindo o Atlético (em 1999) como treinador.
Apesar de não ser visto como muitos atleticanos como um ídolo, Cerezo nunca escondeu seu amor pelo Galo. Em entrevista ao Globo Esporte, em 2008, Cerezo falou sobre sua torcida:
“Meu pai era torcedor do Villa Nova, por ter morado muitos anos em Nova Lima. E o meu único vizinho motorizado torcia para o Cruzeiro. Confesso que assisti a algumas partidas no Mineirão do lado da torcida da Raposa. Mas meu coração sempre bateu mais forte pelo Glorioso”, afirmou.
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